terça-feira, 29 de setembro de 2009

De regresso a Lisboa.

domingo, 13 de setembro de 2009

"farto do diz que disse
diz que viu
diz que aconteceu
diz que estava lá um amigo de um amigo
que é amigo teu
farto de ouvir
o mais bonito
o mais astuto
o mais sensível
mas o incrível
é que ao espelho eu só vejo o mais bruto
farto das mesmas queixas no mesmo caderno
farto da caneta que me leva ao inferno
farto de mim de ti de nós contra o resto do mundo
a selecção deles é mais forte
ficaremos sempre em segundo
ninguém te disse
ninguém te contou
ninguém te falou
não dá para ganhar
eles dizem foge foge
mas eu fico
foge foge
e eu fico
cada vez mais bandido"

Foge Foge Bandido
Manel Cruz

sábado, 12 de setembro de 2009

Eu definitivamente devo ter cara de otária.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dia de amanhã:

Alfarelos - Coimbra-b
Coimbra-b - Lisboa
17h - Exame de OCV II
18h - Entrega do trabalho de Fotografia
19h - Exame de Direcção de Actores
Lisboa - Coimbra-b
23h35min - Coimbra-b - Granja do Ulmeiro (Finalmente)

Prognósticos para as semanas seguintes:

Mentalizar que tenho de ir para Coimbra fazer o código.
Sair em Coimbra.
Preparar a campanha política aqui da terrinha (no que me fui meter).

Requiem for a Dream

Marion: I love you, Harry. You make me feel like a person. Like I'm me... and I'm beautiful.
Harry Goldfarb: You are beautiful. You're the most beautiful girl in the world. You are my dream.
Living is easy with eyes closed
Misunderstanding all you see
It´s getting hard to be someone
But it all works out
It doesn't matter much to me

[Across the Universe - Musical dos Beatles]

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão."

Hoje tenho de desabafar.
Começo por dizer que não entendo. Não entendo o Ser Humano.
E vou tocar no assunto amor.
De facto, eu realmente penso como uma velha retrógada. Apesar de ter vinte e um anos.
Gosto de ser uma pessoa sociável e embora não crie laços com todas as pessoas que conheça, sempre que passo por elas retribui-se um sorriso. Sendo assim, posso dizer que tenho muitos conhecidos.
Conversas puxam conversas e eu como pessoa atenta que sou, gosto de analisar bem os comportamentos dos outros. Claro está que fico de boca aberta quando me contam certas atitudes. Mais de boca aberta fico quando presencio essas mesmas atitudes.
A acrescentar diria que sou uma pessoa com facilidades em descer ao fundo do poço. E dado que o meu grau de sensibilidade com a idade esteja cada vez pior, estes relacionamentos modernos dão cabo da minha cabeça.
E juro-vos que tento ser o mais compreensível possível.
Começando a conversa...
Tenho uma amiga que se diz azarada no amor. No entanto, não se contam pelos dedos os pretendentes que tem.
Este ano, ela foi de férias. Mas antes das férias conheceu um rapaz que pelo modo de falar diria estar apaixonada. Mas isso foi antes. Apesar desse belo sentimento já incutido, eis que vieram mais dois rapazinhos para conhecer. Como bons rapazes, claro que o seu interesse era apenas engate de uma noite. O primeiro, manteve-se fiel e não caíu na armadilha. Já o segundo..."Foi apenas uma noite. Ele tanto insistiu que eu não resisti. Ia fazer o quê?"
Eu sei que o calor dá cabo dos neurónios, mas no meu pensar nunca conseguiria ter algo nestas circunstâncias com alguém, tendo uma pessoa na cabeça por quem tinha sentimento.
Penso mal.
Tenho uma outra amiga que se diz farta de homens. Uma noite no café ali de baixo, um rapaz apareceu e meteu conversa. Por acaso até é conhecido. E só por acaso, namora. Mas como isso hoje em dia não interessa e passa ao lado de qualquer um, conversa e mais conversa resulta em saídinhas frequentes.
Aqui nem vale a pena pensar. Até porque iria pensar mal.
Passemos então à história do meu amigo que até já foi casado. Também traiu. Mas não é esta a história que vou contar.
Estava eu em momento nostálgico, mas daqueles de recordar pessoas e momentos bonitos. Sem deprimir. E lembrei-me de lhe ir dar um beijinho via net. Acabamos por tentar combinar amanhã vermo-nos no oriente. Inocentemente pergunto se vai ao vasco da gama. Inocentemente responde-me que vai lá esperar a gaja. Desenvolvendo-se a curiosidade venho a saber que não era a que eu pensava que fosse. Embora seja do Norte, é outra. Disse-lhe que não percebia. Recebi uma resposta sincera. Esta, a outra e ainda uma que nunca tinha ouvido falar são os três novos brinquedos dele. Mas calma, porque gosta das três e apenas anda a experimentar. E só foi para a cama com uma. Insiste que gosta das três, que anda a experimentar e que não quer apenas sexo. Mais ainda me perturba quando me diz que todos sabem da situação.
Sendo meu amigo, sou sincera e disse que esta história me enojava. Que não percebia. Que andava a brincar.
Chateou-se comigo. Ainda não me falou.
Continuo sem perceber. E tentei pensar.
Pensei nestas e em outras situações e conclui.
Conclui que sou eu que penso mesmo mal.
Talvez ainda conclua que eu é que deveria mudar.
Enquanto não mudo. Enquanto não penso de modo diferente.
Fico. Aqui. No meu pequeno cantinho.

domingo, 6 de setembro de 2009

Se já sou da opinião que os filmes do Tarantino são muito bons, então Inglorious Basterds está mais que muito bom.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hoje acordei. Fui até ao ginásio da académica com uma amiga. Fazer exercício. Porque é saudável.
Deu para pôr a conversa em dia. Matar saudades. Saber de novidades. As tão famosas novidades de Verão, onde para a maioria acontece sempre alguma coisa interessante. Ouvi. Não tinha nada para lhe contar. Sorri. Voltei a ouvir. Amores, desamores. Relações de uma noite só. E como continuava sem nada para contar, sorri novamente.
Vim para casa com o pensamento de que só a mim não me acontece nada. Desejando também ter algo para contar.
E assim pensava eu ter um grave problema...

A meio da tarde recebo a notícia da morte da mãe de um amigo meu.
Cancro.
Chorei. Chorei. Chorei.
Olhei à minha volta. Vejo gente doente. Com a mesma doença. Desaparece. Mas volta a aparecer em outro lugar.
Apercebo-me das pessoas que posso vir a deixar de ver, assim sem mais nem menos.
Penso nelas. No que sofrem. No quão fortes que são.
Lembro-me de histórias. Histórias de outras pessoas que se vão em segundos.
Fico com medo.
Volto a pensar naquelas que conheço. Como são boas pessoas!
Revolto-me com a vida.
Levo as mãos à cabeça e chamo-me estúpida. Perante isto como me posso eu queixar de não ter nada para contar? Como se pode queixar a minha amiga porque teve desamores e uma relação de uma só noite?

Enquanto isto, a pessoa que mais sofria, antes de partir abriu os olhos e sorriu para a família.


[Texto com partes fictícias]