Santo António já se acabou...
Lá fui eu para Lisboa. Para a noite dos Santos Populares. A maior festa da cidade, onde o ano passado fiquei admirada de ver pessoas/casais dos seus 50 anos a virem às 6h30min da manhã, no metro. Vinham de directa. Da festa. E foi aí que percebi o quanto as pessoas gostam da noite de Santo António.
Não é que goste de muita confusão, pelo contrário. Mas com as companhias certas (amigos neste caso), a confusão até passa um pouco ao lado.
Confusão à parte, acho os santos uma festa muito típica portuguesa. Os bairros, o castelo, as marchas. O fumo das sardinhas. A música pimba em todo o lado. As tascas.
O convívio entre as pessoas. O que é raro hoje em dia. A qualquer lado onde se saia à noite, a maioria tem um objectivo, engate. Ali não, vê-se que a maioria das pessoas se metem umas com as outras por pura diversão, por brincadeira. Porque é noite de santos e tudo tem de estar bem disposto.
Claro que há a parte que me deixa triste. As estúpidas excepções que têm o prazer de estragar o espírito.
Onde era suposto ir acabar a noite, foi lá um rapaz esfaqueado. Claro que com medo, não fomos. Viemos embora. Para casa.
E hoje lá regressei eu à terrinha.
Para o ano. Para o ano há mais.